A VIOLÊNCIA REITERADA CONTRA O HOMEM DO CAMPO NO BRASIL E AS POSSIBILIDADES DO USO DA INTERNET PARA MUDANÇA DESTA REALIDADE
FACULDADE DE DIREITO/FD
MESTRADO EM DIREITO AGRÁRIO
Disciplina: Violência e criminalidade ambiental -
Prof.: Pedro Sérgio dos Santos
Aluno: Sérgio Ricardo Moreira de Souza
Goiânia, 01 de fevereiro de 2011.
A VIOLÊNCIA REITERADA CONTRA O HOMEM DO CAMPO NO BRASIL E AS POSSIBILIDADES DO USO DA INTERNET PARA MUDANÇA DESTA REALIDADE
As causas das violências exercidas contra a população brasileira que por tradição vive no meio rural começaram a se desenrolar ainda antes da chegada dos Portugueses nestas terras. O primeiro fato historicamente relevante a se mencionar, e que tem pertinência direta com o Brasil é o Tratado de Tordesilhas, assinado em 07 de julho de 1494, que “dividiu o mundo da época em dois imensos fazendões: um, o dos reis de Castela e Aragão, e o outro, no qual fomos incluídos, pertencente ao rei de Portugal” (SILVA, 1971, p. 104).
Com a chegada dos colonizadores portugueses, houve a continuidade da divisão de terras em imensas áreas, com as Capitanias Hereditárias e as sesmarias. A agricultura em solo brasileiro surgiu e caminhou com amparo nestes institutos, cujo objetivo era a fixação de fronteiras (SILVA, 1971). Desde então, iniciam-se guerras com o escopo de escravizar e exterminar os índios, cuja população entrou em declínio após o primeiro século de invasão do europeu em solo brasileiro (LINHARES, 1999).
No século XVII Portugal, já sem a resistência dos nativos, impôs a expansão da grande propriedade no intuito de incrementar a lavoura açucareira, trabalhada com mão-de-obra escrava. O índio foi o primeiro a ser expropriado da terra pelos colonizadores.
Dahl (1997) aponta um conjunto de sete condições para um país se aproximar de uma democracia e, dentre estas, problematiza acerca da concentração da ordem econômica, abordando as sociedades agrárias em dois extremos. De um lado, a sociedade de agricultores livres, que possibilita a distribuição de terras, consequentemente, a