A viagem do elefante
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QUARTA-FEIRA, 11 DE JULHO DE 2012
Análise do conto A Viagem do Elefante de José Saramago
Embora as 256 páginas (Companhia das letras) de A Viagem do Elefante, José Saramago façam o leitor deduzir de se tratar de um romance, o próprio Saramago afirma o contrário ao dizer que aí não temos uma relação de amor: “o elefante não se apaixona por uma elefanta”. Mas qual o enredo desse conto narrativo?
A Viagem do Elefante é uma narrativa de base histórica que conta a viagem que o elefante salomão fez de Lisboa a Áustria. Isso mesmo, uma longa Odisséia percorrida por esse paquiderme.
Ocorre que Dom João III, rei de Portugal e Algarves, esposo de dona Catarina d´Áustria, receberam um convite para o casamento do Arquiduque austríaco Maximiliano II. Pensando no presente que ofertariam aos noivos, eis que dona Catarina lembra-se do elefante que possuíam, que viera de Goa, e resolvem então, dá-lo como presente. É importante que o leitor saiba que era costume dos reis dominadores possuírem para si animais exóticos que simbolizassem a nova cultura conquistada. O restante de toda a narrativa ocupa-se em narrar à trajetória percorrida pelo elefante sempre guiado pelo seu conarca Subhro e a comitiva real. Depois que o elefante passou aos domínios do Arquiduque, este mudou-lhe o nome para Solimão e de seu conarca para Fritz, pois ao Arquiduque é dado o poder de mudar o destino das pessoas.
Algumas características da obra:
Ø Gênero Textual: Conto. Temos apenas uma única unidade dramática. Poucos personagens;
Ø Narrador: 1ª pessoa (Onisciente intruso). É o tipo de narrador que tudo sabe, tudo vê e que introduz comentários durante a história;
Ø Espaço: Lisboa – Espanha – Áustria;
Ø Tempo: Cronológico – linear;
Ø Personagens: salomão/Solimão (protagonista); cornaca Subhro/Fritz (excêntrico). A Subhro é dado no conto à voz de