Resumo - A viagem do elefante
[...]ainda há-de ter presentes em sua infalível memória as confessassimpatias do primo maximiliano pela reforma dos protestantes luteranos, luteranosou calvinistas, nunca soube ao certo, Vade retro, satanás,nem em tal tinha pensado, exclamou a rainha,benzendo-se, amanhã terei de me confessar à primeira hora[...]
(SARAMAGO, 2008, p.9)
Abaixo o momento em que o padre explica para o Subhro o porquê da necessidade do “milagre” do elefante se ajoelhar em frente da basílica de Santo Antonio:
[...]Porque Lutero, apesar de morto, anda a causar grande prejuízo à nossa santa religião, tudo quanto possa ajudar-nos a reduzir os efeitos da predicação protestante será bem-vindo, recorda que ainda só há pouco mais de trinta anos foram afixadas as suas nefandas teses às portas da igreja do castelo de wittenberg e o protestantismo vai alastrando como uma inundação por toda a europa, Não sei nada dessas teses, ou lá o que seja, Nem precisas de saber, basta que tenhas fé [...]
(SARAMAGO, 2008, p.177)
Critica a atitude governamental de abusar a autoridade e fazer que acham conveniente com o patrimônio público para ora “manter as aparências” ora benefício próprio e corrupção:
[...]Temos o salomão, Quê, perguntou o rei, perplexo, sem perceber a intempestiva invocação ao rei de judá,
Sim, senhor, salomão, o elefante,
E para que quero eu aqui o elefante, perguntou o rei já algo abespinhado, Para o presente, senhor, para o presente de casamento, respondeu a rainha, pondo-se de pé, eufórica, excitadíssima, Não é presente de casamento, Dá o mesmo.[...]
(SARAMAGO, 2008, p.9)
Uma reflexão que o autor transmite é o poder desgovernado que as atitudes governamentais exercem sobre a população. Onde nem sempre são atitudes aprovadas, justas ou racionais e que resultam em danos expressivos à população:
[...]Quem é esse Salomão perguntou o marinheiro, Salomão era o nome que o elefante tinha antes de passar