Saber ver arquitetura

Sinopse
O espaço vazio, o ambiente, é palco das atividades humanas e por toda a história tem caráter fundamental na vida do indivídio. O autor, Bruno Zevi, trata de forma clara e reflexiva sobre a questão do espaço abstrato e concreto e seus valores.
Resenha
Saber ver arquitetura porta-se como um livro de grande magnitude para toda a sociedade, pois nele constata-se reflexões entre o homem e o espaço e seus valores a serem observados. O olhar do autor sobre a conexão essencial homem-ambiente fica em contrapartida de ideais pré estabelecidos por décadas.
Há duas vertentes primordiais no raciocínio de Zevi, autor do livro. A primeira é a repulsa pela glória do exterior de uma obra, de um espaço. Para afirmar sua tese, ele explana visões bastante arrojadas, dizendo até que a beleza de uma obra pode se tornar fugaz quando não há contato direto do homem com tal ambiente. A vivência, segundo ele, transforma o espaço.
Sua segunda corrente vem completar e aprimorar a antecessor tese. O valor da obra e do espaço está diretamente relacionada ao interior, essência e natureza do belo. Valores técnicos julgam-se inferiores quando entende-se que o abstrato supera o concreto. Outra forma de reconhecer arquitetura é na história com o artifício do tempo, não levando em consideração apenas seus dados técnicos, mas entendendo como o espaço fez parte da vida do homem.
O exterior foi tratado como forma prioritária durante quase toda a história e é nesse ponto que o autor critica, pois ele enxerga o conteúdo como a verdadeira joia de uma edificação. O espaço vazio, o interior, deve estar sempre de forma harmoniosa com o exterior para que haja sentido completo.
Logo, arquitetura bela é aquela que traz sentimentos bons como o de paz espiritual, que te faz sentir bem naquele ambiente.
Zevi trouxe de forma clara e sucinta questões mordazes da arquitetura e até questões filosóficas.
Discernir o que é mais ou menos importante é tarefa árdua para qualquer indivíduo.