A teúda e manteúda do pr
Eu costumo acordar cedo. Pela seis da manhã, eu já estou fora da cama. A meia-idade tem dessas coisas, a gente tem sono só na hora errada. Aos sábados não é diferente. E hoje segui o costume. Levanto às seis, banheiro para as atividades inerentes ao local, vou à cozinha, ponho um café-com-leite no micro-ondas, espero, pego a xícara e rumo ao escritório, onde mora a minha janela para o mundo, um notebook ligado numa conexão sonolenta com a internet. Ligo, espero carregar, clico no ícone da Veja On-Line, para ver as novidades. Nada de muito interessante, Israel vai metendo os pés pelas mãos na Cisjordânia (já escrevi um post defendendo Israel do jogo sujo da mídia, mas essa de permitir a expansão dos assentamentos em represália à decisão da ONU de reconhecer a Palestina com Estado Observador é, para dizer o mínimo, um tremendo tiro no pé, parece até coisa de petista!), mais uns rolos da tal Rosemary, enfim, mais do mesmo. Vou à coluna do Reinaldo Azevedo, sempre um prazer de ler. Hummm... Hein? Como é? Deparo-me com o seguinte texto:
Jornal decide contar ao leitor o que os jornalistas e o governo sabiam há muito: Lula e Rosemary, no centro do novo escândalo, eram amantes desde 1993
Um homem público ter uma amante é ou não assunto relevante? Nos EUA, basta para liquidar uma carreira política, como estamos cansados de saber. Foi um caso extraconjugal que derrubou o todo-poderoso da CIA e quase herói nacional David Petraeus. Desde quando estourou o mais recente escândalo da República, todos os jornalistas que cobrem política e toda Brasília sabiam que Rosemary Nóvoa Noronha tinha sido — se ainda é, não sei — amante de Lula. Assim define a palavra o Dicionário Houaiss: “Amante é a pessoa que tem com outra relações sexuais mais ou menos estáveis, mas não formalizadas pelo casamento; amásio, amásia”.
Embora a relação fosse conhecida, a imprensa brasileira se manteve longe do caso. Quando, no entanto, fica evidente que a pessoa em