A Representacao Da Mulher Negra Na Publicidade De Moda
Fernanda Bastos | Karina Ferreira
Graduandas do 4.º Período do Curso de Publicidade e Propaganda
Universidade Federal de Pernambuco – UFPE fernanda.c.bastos1@gmail.com | karinaferreia@outlook.com
Resumo: A publicidade está em todo lugar: no espaço público-urbano, nos sites, nas redes sociais em todos os lugares imagináveis. Elas representam e disseminam a forma como o sujeito e a sociedade se percebem e se inserem, sendo de extrema importância na percepção de conceitos, identidades, preconceitos e estereótipos que estão em vigor na sociedade atual. A mídia estudada no presente artigo foi a revista que acompanhou um processo de mudança de pensamentos, além da sociedade e de perpetuação de outros, para a análise da representação da mulher negra na publicidade de moda.
Palavras-chave: negra, moda, revista, publicidade, revista.
1. O negro no contexto histórico brasileiro
No dia 13 de maio de 1888 a Princesa Isabel e o ministro da Agricultura,
Rodrigo Augusto da Silva assinaram a Lei Áurea (Lei Imperial n° 3.353), que decretou o fim da escravidão no Brasil. Um ato que garantiu a liberdade para negros que viviam explorados pelos brancos, mas que não foi bem pensado em sua totalidade, trazendo consequências sentidas até hoje na sociedade (SECRETARIA DA MULHER, p. 111)
No período da colonização brasileira, os negros africanos foram trazidos para realizar atividades servis. A atividade escravocrata se tornou altamente lucrativa para a sustentação da economia colonial. Os escravos foram usados como moeda de troca para negócio entre os senhores e também, como trabalhadores braçais. Sustentando uma vida de luxo e ostentação do branco, a custo de muito suor, reduzido a mera mercadoria, o negro escravo teve que se sujeitar ao trabalho pesado nas lavouras e foi exposto às maiores atrocidades como o castigo da chibata para os que se portaram mal durante o trabalho ou fugiram e foram apanhados.
Revista de Iniciação