Crítica ao modelo barbie

868 palavras 4 páginas
(Capítulo 11 – A mimada que tem tudo, por Shirley R. Steninberg)
Do rosa ao choque:

Fabricada, a princípio, com o intuito de “ensinar” e “ajudar” as meninas como se comportarem, a boneca Barbie pode ser vista como protagonista de uma pedagogia inovadora. Uma vez que, foi a partir da criação desta que houve uma ruptura do modelo dominante das bonecas bebês – em que crianças realizavam, de certa maneira, um ensaio da maternidade. Transformando assim, identidades harmônicas com um destino feminino secularmente traçado (maternidade) em identidades de mulher moderna, independente e feminista.
A criança foi descoberta como consumidora em potencial após a Segunda Guerra Mundial. Assim, os comerciais começam a ser voltados diretamente para o público infantil, a fim de que elas mesmas convençam os adultos a comprarem o brinquedo desejado.
A publicidade desta boneca procura seduzir e direcionar a menina ao mundo imaginário. Mergulhada em um plano idealizado e cor-de-rosa, essa é levada pela “amiga” Barbie a um passeio em que é possível vislumbrar inúmeros objetos fascinantes e admiráveis; persuadindo a criança a desejá-los.
A Mattel não vende somente seus produtos, mas na verdade, o estilo de vida que está em alta no mercado. Regras de etiqueta são ensinadas, como por exemplo: é essencial ter uma roupa para cada ocasião e não repetir o mesmo traje dentro de pequenos espaços de tempo – a própria autora, Shirley R. Steninberg, confessa seguir tal “dogma” e se pergunta se este fora um comportamento elaborado pela boneca ou se apenas gostava de roupas. Entrar no mundo da Barbie e ser como ela está cada vez mais “fácil”. Qualquer mulher que não possua uma anatomia naturalmente agradável à cultuada atualmente pela sociedade, poderá contar com serviços de drenagem linfática, depilação a laser, dietas, limpeza de pele, aparelhos de ginástica, bronzeamento artificial, lipoaspiração e uma infinidade de outros “tratamentos”.
Barbie impõe uma significação corporal construída

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