A Racionalidade Instrumental
[...] a história dos esforços humanos para subjugar a natureza é também a história da subjugação do homem pelo homem [...]
Max Horkheimer
A leitura crítica da racionalidade instrumental de Max Horkheimer suscita a necessidade de contextualização histórica, haja vista os aspectos históricos mostrarem-se relevantes para a compreensão dos pressupostos teóricos que norteiam as ideias do referido pensador.
Max Horkheimer, bem como Theodor Adorno, Walter Benjamin, Herbert Marcuse e Jurgen Habermas, entre outros, integravam o grupo de pensadores alemães da Escola de Frankfurt, instituto dedicado a Pesquisa Social. Tal instituto reuniu pensadores da sociologia, filosofia e ciências políticas com o fito de descortinar os vários aspectos da vida social e elaborar uma teoria crítica a sociedade como um todo. Embora fossem motivados pelas ideias de Karl Marx, os pensadores de Frankfurt não deixaram de imprimir críticas ao pensamento marxista. A teoria freudiana sobre psiquismo humano, bem como o pensamento de Hegel, Kant e de Max Weber também permearam as reflexões dos frankfurtianos.
A referida Escola surgiu como um anexo à Universidade de Frankfurt em 1923. Com a ascensão do nazismo e o início da Segunda Guerra Mundial seus membros refugiaram-se nos Estados Unidos, voltando à Alemanha no início dos anos 50 e reorganizando o Instituto.
O panorama político da nação alemã à época em que foram gestadas as primeiras produções intelectuais da Escola de Frankfurt era bastante conturbado, marcado por dívidas externas, desemprego, rivalidades entre corretes políticas e greves.
Max HorKeimer assumiu a diretoria da instituição em 1930. A ambiência política e social da Alemanha ainda mostrava-se conturbada, pois começava a sentir os efeitos da crise da Bolsa de Nova York que se deu por volta de 1929. A rivalidade política crescia entre os socialistas