Racionalidade Instrumental X Racionalidade Substantiva, dentro do Terceiro Setor
“A racionalidade substantiva manifesta-se pelo mérito intrínseco dos valores que a inspira, sob elevado conteúdo ético e orientada por um critério transcendente. Em contrapartida, a racionalidade instrumental refere-se ao grau de acurácia com que se atinge fins, estando assim, fundada no cálculo e na relação custo/benefício.
De acordo com Ramos (1989), nos dias atuais prevalece a racionalidade instrumental, fruto de um modelo de sociedade centrado no mercado, com os seres humanos induzidos por meios de comunicação e de publicidade, que interferem no poder de discernimento.”
Artigo: “Entre a Racionalidade Instrumental e a Racionalidade Substantiva: “
“Estudo Sobre o Dilema Central do Trabalho Cooperativo” http://www.rizoma.ufsc.br/pdfs/96-of3-st1.pdf Acessado em: 08/09/2013.
Síntese:
Racionalidade substantiva: Mérito intrínseco de valores, conteúdo ético, auto realização.
Racionalidade instrumental: Lógica de o mercado como centro da sociedade, indução dos meios de comunicação e da publicidade, interferência no poder de discernimento.
A racionalidade substantiva é um atributo natural do ser humano, onde se utiliza o senso ético para suas ações. Já a racionalidade instrumental é um atributo criado para aderir ao funcionamento do mercado, deixando de ser algo natural ao ser humano, tornando-se um hábito e um vício da sociedade.
Essa análise é feita por Karl Polanyi no texto conhecido até então na disciplina: “A grande transformação”. Onde Polanyi nos apresenta a ideia de que em certas tribos não havia esse interesse da racionalidade instrumental, pensando no lucro, acumulação e exploração de riquezas, e sim, na redistribuição, na preservação do grupo. Uma espécie de convivência filantrópica. Segunda parte:
A ideia passada das Organizações de Terceiro Setor, é que fossem sem fins lucrativos, e teoricamente, com uma lógica voltada para a racionalidade substantiva, porém o que pudemos observar, é que a maior parte dessas