A Racionalidade Comunicativa como alternativa habermasiana à Razão instrumental
Sobre os tipos de racionalidade Simioni2, declara de acordo com o pensamento de Habermas:
A racionalidade, para Habermas, pode ser observada em duas dimensões: a) uma racionalidade instrumental, que se auto-afirma no mundo através da sua orientação ao êxito na consecução de fins, isto é, uma racionalidade finalista, baseada na relação entre meios e fins; b) uma racionalidade comunicativa, que se caraceriza pela orientação ao entendimento, onde diversos participantes de uma interação podem compartilhar intersubjetivamente seus pontos de vista para chegarem a um consenso sem coações, isto é, um consenso racionalmente motivado pela própria necessidade de entendimento.
Assim, para a faculdade do pensar, a razão, Simioni,faz a distinção entre duas: a razão comunicativa e a razão instrumental. Sendo a racionalidade instrumental definida para coordenar as relações de meios e fins nas produções humanas. Já a racionalidade comunicativa busca um consenso e entendimento mútuo entre os participantes, suas produções têm orientação baseada no entendimento do outro.
Ainda, Simioni3 coloca as características de ambas as racionalidades e suas distinções.
Nessa perspectiva, pode-se chamar de racional uma ação instrumental se o seu ator cumpre com os meios necessários para atingir o êxito da sua finalidade de intervenção eficaz no mundo. E também se pode chamar de racional uma ação comunicativa que resultou em um consenso (entendimento mútuo) a respeito de algo no mundo motivado intersubjetivamente por boas razões. O que distingue esses dois tipos de racionalidades é o tipo de utilização do saber proposicional: na ação instrumental, o saber é utilizado para a manipulação instrumental do mundo; na ação comunicativa, o saber é utilizado para o