Filologia Romanica
Acredita-se que, por ser uma língua que possui semelhanças com o português, o espanhol é algo fácil de aprender. Ao longo deste trabalho mostraremos que, apesar da afinidade entre as línguas românicas, apresentam diferenças enormes.
O quadro vocálico do português
No português existem vogais orais e nasais. As orais [o] e [e], em posição tônica, podem ser abertas ou fechadas. A rigor classifica-se como aberta apenas o [a], a mais baixa das vogais. O [i] e o [u] são fonemas vocálicos fechados e altos, o [e], o [o], além de uma realização de um [a] fechado, mais comum em o quadro: Portugal. Assim, no português do Brasil existem 7 vogais orais e 5 vogais nasais. Total: 12 fonemas vocálicos em posição tônica. Em posição átona não existem vogais abertas, sendo que em posição átona final, o quadro vocálico do português fica reduzido a três fonemas vocálicos: a, i, u porque o e e o o fechados ficam reduzidos, respectivamente, a i e u: pele [´peli], dedo [´dedu]
O quadro vocálico do espanhol
O quadro vocálico do espanhol é muito simples. Consta apenas de cinco fonemas:
Não existem no espanhol vogais abertas com distinção fonológica, embora foneticamente haja realizações com maior ou menor abertura vocálica. Os fonemas vocálicos abertos provenientes do latim vulgar permaneceram em português, mas ditongaram-se em espanhol: petra => pedra, (esp) piedra; forte => forte, (esp) fuerte. O mesmo quadro vocálico mantém-se em posição átona, pois não há elevação vocálica nem mesmo em posição final: leche [´letfe], dedo [´dedo].
A nasalização de vogais tampouco ocorre em espanhol, ao menos com valor fonológico.
Os ditongos
Por um lado observa-se no espanhol grande número de ditongos ie e ue, provenientes da ditongação das vogais e e o abertas do latim vulgar: hierro, cielo, diente, rueda, cuerda, etc. Por