A Questão da Técnica

A Questão da Técnica em Martin Heidegger

Heidegger, filosofo contemporâneo, ajuda-nos a esclarecer com o que estamos comprometidos na era da técnica maquinística. Ele compara a antiga técnica, dos gregos e Idade Média, com a técnica moderna. Vale aqui lembrar, que a técnica moderna “surgiu” após a mudança paradigmática do séc. XVII, o matemático assume o lugar do ser, e assim a técnica assume de cálculo; e também com o surgimento das máquinas no trabalho manual, Revolução Industrial. Para Heidegger, tecnologia é o título que se confere ao ente quando este é perpassado não pela técnica, mas sim por essência. A mesma seria uma forma de revelação da existência, um princípio de construção do mundo em determinadas condições – correspondência entre um processo de posicionamento da realidade e uma forma de pensamento. Ele rejeita a visão de que o domínio da realidade pela técnica seja a causa para a situação histórica atual, o sentido e estrutura da técnica moderna estariam perdidos ao tentar ficar apenas com seu lado bom. O pensamento heideggeriano trata a técnica como o sentido de uma nova época para o ser humano, mas que não está ao alcance de sua vontade, controle ou consciência. Hoje, o mundo tornou-se uma fonte de recursos, pura e simples, surgida de uma nova relação com a metafísica tradicional, que Heidegger chamou de ordenamento provocador, ainda em dias atuais, a técnica é também ideologia, pois seus objetivos participam da própria construção do sistema tecnológico. Para Heidegger a técnica moderna além de ser estranha a linguagem cotidiana, é incapaz de ser medida ou controlada pelo homem. Segundo o filosofo, não deve-se preocupar em dominar a técnica, mas sim em entender que sua essência remete ao nosso próprio modo de ser e por causa disso, precisaríamos estabelecer uma relação mais livre com ela, abrindo-nos a outros modos de ser. Heidegger não teme a tecnologia, mas sim seu predomínio imperialista, sua conversão em único modo de ser e que pode destruir