a psicologia administrada nas organizacoes
Junior, S. G, Oliveira, A. F. e Siqueira, M. M. M. Aplicações da psicologia social às organizações. In: Torres, C. V. e Neiva, E. R. (orgs). Psicologia social: principais temas e vertentes. Porto Alegre: Artmed, 2011, p. 340-355.
O comportamento organizacional foi consolidado na década de 1960, passando a ser, então, uma das definições mais conhecidas na literatura contemporânea. Ele é um objeto multidisciplinar no qual, diferentemente do que sugere o nome, estuda, além do comportamento dos indivíduos dentro dos ambientes organizacionais, o comportamento da própria organização e a sua estrutura. Ao descrevê-lo, Staw o divide em dois ramos: macrocomportamento e microcomportamento. O macrocomportamento faz uso de teorias organizacionais apresentando a contribuição de disciplinas como a economia e a sociologia para explorar o ambiente. Isto é, ligar todos esses conhecimentos de modo que se compreenda a mudança exterior na organização, tendo em vista que esta é composta por diversas individualidades. O microcomportamento, por sua vez, traz a ação dos indivíduos para dentro do local das organizações, pois preocupa-se com os indivíduos e com suas características psicológicas e sociais. Assim, pode-se afirmar que ambas as áreas que compõe o comportamento organizacional são complementares e essa relação de interdependência nos leva a destacar duas teorias importantes: a teoria da troca social e do altruísmo. A teoria da troca social mostra-se extremamente interessante na medida em que retrata a maioria esmagadora das relações sociais na atualidade, principalmente quando se pensa nos acordos comerciais estabelecidos entre empresas ou até mesmo entre países diferentes. Ela pressupõe que as pessoas firmam laços nos quais há a possibilidade de se obter benefícios. Deste modo, o relacionamento entre ambas as partes dura apenas até o ponto em que a relação se mostra lucrativa para elas; ou seja, deve haver uma minimização dos