A prática do ensino
Por: DONALDO DE ASSIS BORGES
A sociedade do conhecimento, que não conhece nada de si mesma, não tem mais nada a produzir senão sua própria ruína. Sua notória fraqueza de memória é ao mesmo tempo seu único consolo.
Robert Kurz O conhecimento é poder. Este é o lema da filosofia burguesa moderna que foi largamente utilizado pelo movimento operário europeu do século XIX. Desde os tempos antigos o conhecimento era visto como algo sagrado pela nobreza que detinha conhecimentos, outros homens se esforçavam para também acumular e transmitir conhecimentos. O conhecimento era do domínio de poucos e a sua difusão seguia o ritmo da vida cotidiana, nas universidades, nas indústrias, nas bibliotecas e na vida privada. O termo “sociedade do conhecimento” é próprio de nossa época, isso não quer dizer que somente agora temos conhecimentos verdadeiros que outras épocas não alcançaram, mas que hoje há efetivamente um progresso intelectual, um novo significado, uma generalização do conhecimento na sociedade jamais vista em épocas passadas. O conceito de “sociedade do conhecimento” tem sido usado como sinônimo de “sociedade da informação”. Talvez isto seja um erro. Será que vivemos numa sociedade do conhecimento porque somos em todo momento bombardeados por informações transmitidas simultaneamente?. O problema reside no fato de que talvez estas informações não se traduzam por conhecimentos. Por uma razão simples, nem sempre os processos de informação passam por uma compreensão mais elaborada do sujeito que leva ao conhecimento como força produtiva da inteligência. A grande questão é se uma avalanche de informações leva necessariamente à produção de conhecimentos em escala equivalentes. É lógico que a produção de conhecimentos não tem efetivamente uma relação direta com o volume de informação, mas esta é fundamental para alavancar um maior número de