A planificação estrategia
A actual situação económico-financeira em que o mundo se encontra mergulhado implica necessariamente uma reinvenção do tecido empresarial através da gestão da mudança. Aquilo que alguns especialistas designam actualmente por crise e outros designam por nova realidade, provavelmente já não retornará ao passado e, portanto, compete aos gestores procurarem forças de ajustamento como a inovação tecnológica, a visão estratégica e o aproveitamento das oportunidades, tendo em vista uma maior flexibilidade e consequentes ganhos de competitividade. De acordo com Sousa [18], a actual conjuntura obriga as empresas à inovação permanente dos seus processos de gestão. As organizações têm de adoptar novas estratégias e ser constantemente criativas. Ao nível das PME, a adopção destes valores pode determinar a diferença entre a sobrevivência e a extinção. Há, pois, que encontrar soluções de gestão que promovam a diferença, que preservem equilíbrios, que controlem riscos económicos e financeiros e que conduzam, sobretudo, a uma mudança de mentalidade. Actualmente, uma das principais mais-valias que uma empresa pode apresentar, é a sua capacidade de antecipação aos acontecimentos. Para além do controlo da informação contabilística, é necessária uma nova governação empresarial [19]. Na opinião de Oliveira [20], as PME necessitam claramente de uma reestruturação para se desenvolverem; contudo, o problema da sucessão e o cruzamento dos negócios com os interesses familiares, acabam por impedir a aplicação de sistemas de gestão estratégica, tanto mais quando esses interesses estão em conflito. Nesta linha de pensamento, Barbieri [21] refere que este tipo de empresários, normalmente líderes familiares, exerce as suas funções de forma autocrática, privilegiando a sua própria experiência relativamente às técnicas de gestão, o que, naturalmente, acarreta sérios problemas que se