A Paz E A Lei
Campus São João Evangelista
Material:
Avaliação Bimestral
Disciplina:
Língua Portuguesa
Data:
Valor: 8,0
NOTA:
Docente: SELMA DRUMOND
Segmento: ENSINO MÉDIO
Estudante:
Nº:
Sala:
ANO
1º ANO
TURNO
MANHÂ
_______________________________________
2º ANO
TARDE
3º ANO
NOITE
Assinatura do(a) Aluno(a)
OBSERVAÇÃO: NÃO É PERMITIDO O USO DE CORRETIVO OU RASURAS NESTA PROVA.
A Paz e a Lei
A paz!! Não a vejo. Não há, como não pode existir, senão uma, é a que assenta na lei, na punição dos crimes, na responsabilidade dos culpados, na guarda rigorosa das instituições livres. Outra espécie de paz, não é senão a paz da servidão, a paz indigna e aviltante dos países oprimidos, a paz abominável que a nossa índole, o nosso regime essencialmente repele, a paz que humilha todos os homens honestos, a paz que nenhuma criatura humana pode tolerar sem abaixar a cabeça envergonhada.
Esta não é a paz que eu desejo. Quando peço a observância da lei, é justamente porque a lei é o abrigo da tolerância e da bondade. Não há outra bondade real, Srs. Senadores, senão aquela que consiste na distribuição da justiça, isto é, no bem distribuído aos bons e no castigo dispensado aos maus.
E a tolerância, que vem a ser senão a observância da igualdade legal? Porventura temos sido nós iguais perante a lei, neste regime, nestes quatro anos de Governo, especialmente? Há algum chefe de partido, há algum cabeça de grupo, algum amigo íntimo da situação, algum parente ou chegado às autoridades, que não reúna em sua pessoa um feixe de regalias, que não goze de prerrogativas especiais, que não tenha em torno de sua individualidade uma guarda e defesa régia ou principesca?
Essa excursão, Srs. Senadores, me levaria longe e poderia por si só absorver os meus poucos minutos de tribuna nesta sessão. Nas poucas vezes em que me atrevo a perturbar a serenidade absoluta deste recinto e a contrariar os sentimentos dos meus honrados colegas, tenho consciência, Sr.