A natureza do trabalho pedagógico

A NATUREZA DO TRABALHO PEDAGÓGICO

Em primeiro momento percebe-se que o texto embasa-se em Karl Marx e também Saviane, voltando seu olhar não apenas para a escola, mas para o trabalho (enquanto mercadoria geradora de lucros) e o vínculo entre si e os resultados que ambos buscam e se ocupam na sociedade. O trabalho tem em seu caráter o homem como ser único que o exerce, neste sentido o homem modifica sua natureza produzindo para si e em si. Em suma, o capitalismo gera todo o sentido do trabalho, é por ele e para ele que as pessoas tornam-se trabalhadoras e consumistas.

A escola não está à parte desse processo de trabalho, pelo contrário, é perceptível que ela tem bases capitalistas vinculadas em seus currículos, e também o discurso de que se prepara em educando para a vida, o mercado, prepara-o para o que ele encontrará quando se tornar um adulto responsável, logo, um trabalhador vinculado direta ou indiretamente no processo de capitalismo.

Na escola este “método” técnico de trabalho também está presente no processo pedagógico enquanto estrutura; mas tem destinações diferentes quando se trata de formação de alunos. Segundo Paro quando menciona as idéias de Saviane, o processo pedagógico tem moldes estruturais tecnicistas, o que se confunde ao processo de trabalho feito pelo capitalismo na sociedade, de fato, a escola está inserida no processo capitalista, mas tem em seu processo pedagógico “a chance” de modificar o produto final, ou seja, o aluno é ao mesmo tempo em que produtor consumidor de seu trabalho: o ensino, a aprendizagem adquirida e realizada. Consumidor quando se utiliza de materiais, produtor, pois exerce sua personalidade, suas atitudes e valores.

Percebe-se também ao decorrer do texto que “a aula é comparada a uma mercadoria, em esfera de rede pública e privada; quando paga, o consumidor tem o direito de reclamar quando algo não está de acordo ou está em falta, quando se trata se rede pública não há esta mesma