A mulher e o magistério
A produção do magistério No Brasil colônia o ideal de educação feminina restringia-se exclusivamente as prendas domesticas, pois a mulher não tinha nem vez nem palavra. Somente após a Independência do Brasil que o ensino se tornou gratuito e extensivo , inclusive as mulheres, pois o máximo que ocorria até então estava vinculado a educação religiosa católica .Com a chegada da corte , em 1816 inicia-se a instrução laica para mulheres; “através de senhoras portuguesas, francesas e alemãs que ensinavam costura, bordado, religião e rudimentos de aritmética e língua nacional para as meninas do Rio de Janeiro” (NOVAES,1991,p.19). Mas há de se destacar que havia uma diferença entre os currículos de meninos e meninas, pois o do sexo feminino enfatizavam a agulha e o bordado do que a instrução propriamente dita, inclusive as mulheres não tinham acesso a geometria , restringindo a aritmética as quatro operações, esse fato fazia com que a remuneração da professora fosse menor do que a do professor que ensina, seno esse fator de discriminação:
[...] Assim, se de um lado a primeira lei do ensino (1827) representou um marco para a mulher, na medida em que ratificou seu direito à instrução, significou também um instrumento que acentuou a discriminação sexual, pois só admitia o ingresso de meninas na escola primária, não aceitava a co-educação nas escolas e reforçava as diferenças nos conteúdos curriculares, com visíveis conseqüências sobre os níveis salariais : as professoras eram isentas de ensinar a geometria , mas como o ensino desta materia era o critério para estabelecer níveis de salário, as mestras ganhavam menos do que seus colegas do sexo oposto [...] ( BRUSCHINI e AMADO , 1988,p.4-5) Ainda no Império devido a lastimável condição do ensino e a baixa instrução do povo se propõe a criação de Escolas Normais para a formação de professores, que embora atendesse uma clientela de ambos os sexos, no decorrer a freqüência tornou-se