a metodologia de ensino na sala de aula
TCC-ARTIGO
Feira de Santana
2013
JACIARA DA SILVA
ARTIGO
Trabalho sobre a conclusão do curso apresentado à Faculdade de Educação da FINOM, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Cultura Afro Brasileira.
Feira de Santana 2013
A descriminação racial e as religiões afrobrasileiras na construção identitária
1.0 INTRODUÇÃO
A intolerância religiosa para com o considerado “povo de santo” implica no entendimento do preconceito constituído histórica e socialmente, relacionado a um estado de total ignorância quanto ao conteúdo e a filosofia dessas práticas religiosas, ao mesmo tempo que reproduz desejo de subjugar os indivíduos de uma raça ou inseri-los em uma ordem social de acordo com os modos produção dicotômico entre capital e trabalho.
Historicamente combatidas pelo Estado como uma forma de perversão dos valores nacionais e da civilização, consideradas como atraso civilizatório, conseguiu, devido a sua importância na manutenção da identidade cultural dos egressos da África e dos seus descendentes, resistir a toda a sorte de violências e tentativas de apagamento cultural.
Esse conhecimento ancestral fez com que o trabalho brutal da escravidão não desumanizasse o indivíduo africano e afrodescendente, conservando aspectos internos que se perpetuam na personalidade divinizada dos orixás. Hoje, um novo estigma é posto pelas religiões evangélicas ainda como conseqüência de um racismo que tem como finalidade “domesticar” e colocar o negro em uma condição de subalternidade na cartografia social. Para entender a perseguição religiosa que sofrem o povo de santo, antes de mais nada, é fundamental mapear e entender os mecanismos e discursos produzidos para descaracterizar os cultos de origem africana.