A linguagem e os solilóquios de Hamlet
William Shakespeare foi um pioneiro no seu tempo e escreveu peças completamente revolucionárias. Sua genialidade está em explorar o espírito humano e o que acontece quando este é desafiado. Shakespeare também testou os limites da linguagem, inventando novas palavras e expressões que são utilizadas até os dias de hoje pelos falantes da língua inglesa. A Tragédia de
Hamlet, assim como outras obras escritas por ele, se sustenta na linguagem, quando a fala se torna a ação.
Para se ter um maior proveito da Tragédia de Hamlet, a audiencia ou leitor deve estar atento aos seus elementos linguísticos e estilísticos. Shakespeare utiliza verso e prosa para compor a peça.
Quanto ao verso, em Hamlet, assim como na maioria das peças de Shakespeare, retrata a fala dos nobres, que “tipicamente falam em pentâmetro iâmbico nãorimado (também chamado de verso em branco)". (s.d., http://www.shmoop.com/hamlet /writingstyle.html, tradução nossa). Um iamb é uma prosódia que consiste em uma silaba átona seguida de uma tônica BaDUM. Penta significa cinco, e metro referese a um padrão rítmico na poesia. Então pentâmetro iâmbico é um tipo de padrão ritmico que consiste em cinco iambs por linha. É o ritimo mais comum na poesia inglesa e soa como cinco batimentos cardíacos: baDUM, baDUM, baDUM, baDUM, baDUM. (s.d., http://www. shmoop.com/literatureglossary/iambicpentameter.html, grifo do autor, tradução nossa).
O que descrevemos acima, pode ser observado nos versos de Hamlet, a seguir:
“and BY opposing END them? To DIE to SLEEP; no MORE; and BY a SLEEP to SAY we END.” Podemos observar que existe uma mudança na métrica da primeira linha, de modo que as duas sílabas átonas seguem uma a outra e aparecem apenas 4 iambs. Podemos