A peça hamlet
Uma das poderosas forças humanas é a imaginação. Que seria do ser humano se não fosse à imaginação? Que seria de nós sem a arte? Sem música, literatura, cinema, pintura?
Que capacidade tem a leitura para nos transportar para universos e espaços que somente a imaginação pode alcançar?
Shakespeare com certeza nos faz utilizar a imaginação em sua grandiosa obra “Hamlet”, e faz-nos imaginar e refletir o que Hamlet sente sobre sua existência.
Como nobre príncipe melancólico, meditativo, muitas vezes recordado como “o maior” (o mais extenso) dos textos dramáticos shakespearianos, isso facilmente se deixará verificar na maior parte das edições críticas a que temos acesso.
Muito se diz, mas pouco se sabe a respeito do significado do mais famoso solilóquio de Hamlet “To be or not to be”.
O que proponho aqui é analisar um solilóquio de Hamlet a partir de sua fala, do seu discurso. É através dele, que Hamlet demonstra tanto seu amor quanto seu ódio, inteligência e angústia. Todos estes sentimentos de Hamlet chegam até nós não através de suas ações, mas através de suas palavras.
Um pouco sobre Hamlet
Entende-se que, Bloom revela o caráter universal de Hamlet tornando esta representação universal, os aspectos inerentes aos valores morais, a resposta do instinto e aspectos reprimidos aproxima o príncipe da humanidade em geral. Shakespeare inaugura em Hamlet a representação complexa e difusa dos aspectos humanos, o desabamento moral da corte não interfere na redenção elaborada para Hamlet e nos coloca humanos, subordinados as representações admitidas pela nossa consciência. A universalidade da tragédia de Hamlet é tão acentuada que, nos dizeres do crítico literário Harold Bloom:
“De todos os poemas, é o mais ilimitado. Como reflexão sobre a fragilidade humana em confronto com a morte, a peça tem por rival tão somente as escrituras do mundo. [...]
Contrariando, indubitavelmente,