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Ensaios e solilóquios – James Shapiro
Thiago Dorta O texto de James Shapiro (2011), “Ensaios e solilóquios”, encontrado no capítulo 14 do livro “1599: UM ANO NA VIDA DE WILLIAM SHAKESPEARE”, expressa logo em sua fase introdutória a visão e interpretação, de “Hamlet” peça de William Shakespeare, de diversas pessoas (com formação em diversificadas áreas), sobre a então “trama”, expressão utilizada pelo próprio autor em diversas passagens de seu texto. Contudo ao verificar o teor dessas opiniões é fácil perceber que a maioria destes depoimentos retrata a trama, como uma obra complexa, de rupturas, muitas transformações e de certa maneira “inovadora”, a fim de exemplificar tal inovação, este texto relatar o ponto de vista de James Shapiro que comenta e descreve, a sua maneira de ver os ensaios e solilóquios em “Hamlet”.
O que se entende, na leitura realizada do capitulo “Ensaios e solilóquios”, é que o solilóquio é o triunfo da palavra, isto é, da linguagem, “... descobriu como escrever solilóquios tão poderosos”. (p.329). Eles são a expressão da verdade de Hamlet, tal qual ele a percebe, tal como ele pensa. E pensar é tratar a linguagem com cuidado, já que a linguagem vem junto com o real, para que ela possa ganhar o estatuto do ser. Não existe o ser sem o verbo, sem a linguagem, pois é a linguagem que articula o ser.
Dessa forma, o que temos no personagem Hamlet é a sua busca pelo ser, por meio do pensamento e da linguagem.
Ensaio é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, literário, religioso, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico.
O ensaio assume a forma livre