James Willians
Entre 1865 e 1866, aos 23 anos, acompanhou o naturalista Louis Agassiz na Expedição Thayer ao Brasil. Nos oito meses de estadia no país, passados principalmente no Rio de Janeiro e na Amazônia, James rascunhou um diário, e produziu desenhos de cenas da expedição, que expressam uma consciência crítica e um distanciamento moral da idéia colonialista que norteava a norteava.
Depois seguiu para a Alemanha e estudou filosofia na Universidade de Berlim, entre 1867 e 1868. No ano seguinte, conseguiu a graduação em medicina em Harvard, tornando-se professor de fisiologia e anatomia a partir de 1873, e depois, de psicologia e filosofia, na mesma universidade. Como filósofo, foi responsável por aquela que é considerada a maior contribuição americana à filosofia: o pragmatismo.
É possível dividir a obra de William James em dois momentos: um psicológico (que vai da década de 1870 à de 1890) e outro filosófico (a partir de 1890)
O primeiro período tem como marco inicial a criação de um pequeno laboratório de psicologia em 1875 na Universidade de Harvard; e o seu primeiro curso de psicologia, sobre “As relações entre a fisiologia e a psicologia”.
Nesse período o ponto culminante de sua produção teórica é a publicação, em 1890, após 12 anos de elaboração minuciosa, de O Principio de Psicologia. Nesse tratado (com mais de mil páginas) encontram-se as principais idéias de James sobre tópicos tais como o “hábito”, “atenção”, “fluxo de pensamento” e “self”.
James interroga os limites daquilo que é chamado de “self”, “eu”, “ego” (não faz distinção conceitual entre os termos), em oposição ao mundo circundante. Para James, o “eu” é apenas “o nome de uma posição”; uma espécie de perspectiva individual privilegiada a partir da qual o mundo é medido em suas distâncias. E ele concebe tais distancias em função das ações individuais sobre o ambiente. A