A justiça condena com base em presunçao

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A justiça condena com base em presunção
Em uma parte do documentário, a defensora profere uma frase que demonstra em grande parte a realidade do crime no Brasil: “quem tá preso é só pé-de-chinelo”. Isso demonstra não apenas o fato de maior parte dos criminosos serem pobres, mas também um ceticismo dos próprios funcionários do judiciário. A própria defensora mostra uma desilusão com seu trabalho, pois ela ressalta que “trabalha, trabalha, e não vê resultado”. Além disso, Há um grande paradoxo, pois enquanto há normas para suspensão do processo, para penas alternativas, os presídios e delegacias estão superlotados. Não se sabe o que é pior, se é ver um criminoso livre ou as condições tenebrosas dos presídios. Onde está a segurança para a sociedade brasileira? Há uma falsa visão de que a privação da liberdade para os criminosos vai salvar a sociedade. Têm que haver uma inserção deles na sociedade. Além de se perceber que a maioria dos presos são pobres, Mais interessante ainda é o utopismo das penas alternativas, onde o condenado vai prestar serviços à comunidade e apreender o valor da solidariedade. A defensora também demonstra a visão dos juízes quanto à necessidade de manter presos esses criminosos, principalmente os reincidentes, como se a prisão fosse salvar a sociedade, já que “a dois ou três dias esses criminosos vão cometer outros crimes e vão estar presos novamente.” Será que a justiça realmente existe? Se existe, aqui no Brasil está longe daquela retratada nos filmes norte-americanos. Enquanto se mostra o esplendor do Judiciário, com seus prédios, os bons salários da magistratura, toda a postura e a disposição dos seus componentes, as finalidades dos códigos de manter a estabilidade, a sociedade vive um verdadeiro terror. Segundo o documentário, as leis não guardam a menor intimidade com a realidade, o medo toma conta das pessoas, o modo parcial que os juízes julgam um réu, como foi retratado pela defensora Maria Ignez, causam cada vez mais um descrédito

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