A influência da televisão nos adultos
A chegada da televisão ao Brasil na década de 50 deu início a uma nova era na comunicação, o mais lógico seria imaginar que a facilidade em encontrar informações e cultura tornaria a população mais culta e crítica. Contudo, a realidade se afastou muito deste ideal e o difícil acesso à educação existente na época contribuiu para que o brasileiro se tornasse dependente dessa mídia muitas vezes manipuladora e apelativa.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano de 1967 o índice de analfabetos no país era de 39% e tinha como causa o elitismo do ensino público de qualidade. Atualmente, a situação não mudou muito, apesar da queda no percentual do analfabetismo (9,7%) o número de analfabetos funcionais ainda é alto (cerca de 20%) em virtude dos baixos investimentos na educação.
Ademais, a má distribuição de bibliotecas e livrarias (1,25 por 100mil habitantes) e o baixo acesso à Internet (33%) em relação aos outros países (Dinamarca 90% e Suécia 97%) além de dificultar o acesso aos livros torna-os mais caros. Assim, o brasileiro trocou o hábito de ler e formar uma opinião, por assistir ao noticiário e receber as informações sem sequer refletir. Portanto, o que deveria ser entretenimento tornou-se objeto de alienação.
No entanto, os reflexos negativos que a mídia causa não são exclusividade do Brasil e países de baixa economia, a chamada indústria cultural utiliza desses mecanismos de comunicação para, acima de tudo, ditar o comportamento consumista e materialista além de influenciar diretamente a realidade política global.
“A categoria indústria cultural vem a público pela primeira vez em 1947, quando já se tornava visível a existência de um setor da produção da cultura comprometido com as estruturas de mercado. A utilização do rádio, do cinema e dos meios impressos existentes, como instrumentos de propaganda política de regimes autoritários, durante particularmente a ascensão do