Agentes de socialização
As atitudes são elementos essenciais das condutas das pessoas e a sua origem é de nítida influência social.
Ninguém nasce com atitudes pré-estabelecidas. A definição do bom e do mau, do permitido e do proibido, do atraente e do repulsivo faz-se pelos processos de socialização, o mesmo é dizer, no convívio com as pessoas que integram o nosso universo social.
A influência da família, escola e grupos de pares
No decorrer da infância, a criança vive num mundo relativamente fechado, em que os pais desempenham o papel de modelos com os quais deseja identificar-se.
A influência dos pais nos seus filhos e muita, tanto ao nível das suas atitudes religiosas como a níveis políticos, pois e na família que se inicia o processo de socialização.
Além dos pais, há outros adultos que exercem uma grande influência, nomeadamente professores, padres ou outras pessoas com as quais a criança estabelece uma comunicação carregada de afectividade. O que o adulto amado ou admirado diz ou faz não é susceptível de ser posto em dúvida – ele sabe o que e verdadeiro e o que é falso, o que e melhor e o que é pior. Os valores que um individuo têm e os vários papeis que se espera que essa pessoa execute foram aprendidos, inicialmente, dentro de contexto familiar.
Existe uma relação entre a classe social de uma família e a socialização. Os pais de uma classe operária revelaram dar grande valor à obediência, disciplina, asseio, respeito e adequação aos padrões tradicionais de comportamento. Mas por outro lado, as famílias de classe média revelaram dar mais ênfase aos motivos de acção da criança, para agirem de uma certa maneira, em vez de valorizarem o próprio comportamento. As crianças da classe média são encorajadas a serem inovadoras e independentes, bem como a assumirem uma posição de liderança
Á medida que se aproxima a adolescência, o adulto vai perdendo credibilidade em muitas áreas e o jovem desloca o objecto de identificação do adulto, dos pais