Falar da infância hoje ou em tempos passados, não é tarefa fácil, no entanto, também é muito desafiador, pois ao voltarmos nosso olhar à criança a fim de entendê-la e compreendê-la constitui-se uma tarefa grandiosa, e ainda mais quando a olhamos com olhos de quem quer vê-la enquanto criança, protagonista de sua própria história, compreendendo-a no sentido amplo, percebendo suas necessidades, prioridades, medos e frustrações. Não podemos esquecer que independente de época,tempo e espaço, crianças são sempre crianças,apenas o que as difere são os diferentes momentos históricos,pensamentos e olhares, voltados para esta fase da vida. Ressaltando, que por muito tempo os historiadores consideravam a história da infância das crianças como indigna de ser estudada. Mas com a expansão da educação infantil no mundo todo nas últimas décadas é sobejamente conhecida, no Brasil, em 1971 com a formulação da lei n. 5.692 definiu-se que as crianças de idade inferior a 7 anos, recebessem educação em escolas maternais, jardins de infância ou instituições equivalentes. E depois disso também ouve um avanço bastante significativo com a Constituição Federal de 1988 que a educação infantil passou a ser um dever do Estado e um direito da criança (art.208, inciso IV), e em seu art.205 destaca que é um direito de todos, e no art.227, a criança e o adolescente são entendidos como prioridade nacional. Também temos o Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 que destaca o direito da criança a este atendimento. A lei 8.069/90, ao regulamentar o art.227 da Constituição Federal (BRASIL, 1988) na qual insere as crianças no mundo dos direitos humanos, posteriormente em 1996 a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, Lei n.9.394, considera a Ed. Infantil como primeira etapa da educação básica, conforme descrito no art. 29. E para somar tudo isso em 1998 o Ministério da Educação elabora um documento intitulado Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil(RCNEI), visando