Psico
Os eventos que não aconteceram nos últimos 40 anos fazem rir, tanto os catastróficos quanto os utópicos. De um lado, as guerras mundiais nucleares e biológicas, o colapso econômico e ambiental, o esgotamento das fontes de energia e alimentos. Do outro, a conectividade perfeita, a democracia triunfante em todos os países, o sucesso na luta contra a mudança climática. Os futurólogos, você pensa, têm uma estranha inclinação para pensar em extremos: ou todos os problemas são resolvidos ou todos conduzem ao desastre.
Mas à parte a ironia com os furos dos prognósticos, você se põe a comparar a sua realidade em 2052 com aquilo que era imaginado tanto tempo atrás. E enfim, voltando à sua vida de 2012, você reconhece que compartilha das preocupações expressas no texto: como a humanidade vai lidar com a poluição que ela cria? Como substituir a energia não renovável? Como produzir comida para todos, combater a miséria, controlar o lixo e garantir o bem-estar? Como vai ser a economia de um mundo cuja população envelheceu? As cidades, já poluídas, engarrafadas e monstruosas, vão ser habitáveis quando a taxa de urbanização do mundo chegar a 80%? Como vai estar o Brasil nesse quadro?
Perguntas como essas são tratadas em relatórios e cenários que, ainda em 2012, têm um horizonte de previsão de
40 anos. Jogando com tendências e indicadores já disponíveis, climatólogos, consultores, economistas e demógrafos tentam imaginar como será o amanhã e como ele pode ser preparado.
As maiores diferenças de hoje para os anos 2050 estão nas coisas simples. Tudo se encaminha para que as famílias tenham mais gerações, graças ao aumento da expectativa de vida.