A IGREJA DO DIABO Analise
Joaquim Maria Machado de Assis: nasceu no RJ 21 de junho de 1839, faleceu na mesma cidade em 29 de setembro de 1908. Filho de mulato, brasileiro, e de branca, portuguesa; era gago, epiléptico, pobre, é por causa disto não pôde estudar em escolas e tornou-se um grande autodidata. Casou-se em 1869 com D. Carolina Novais, que veio dar mais inspiração à sua vida literária. Foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, em 1897.
Sinopse do conto: quando o Diabo se sente inferiorizado decide fundar uma igreja, cujo objetivo principal, estabelecer sua própria religião onde os pecados se tornariam virtudes. Todavia, ao passar dos anos, seus fiéis, às oculta, praticavam o bem. A igreja do Diabo foi vencida pela eterna contradição humana.
Análise: em A Igreja do Diabo, temos uma narrativa densa, de fácil interpretação mas que a torna de difícil compreensão, envolvendo Deus/religião e homem/razão. Com uma narrativa cômica, o Diabo, um dos personagens principais, questiona a hipocrisia religiosa. Machado de Assis critica as religiões de modo geral, abordando que estas vendem sua fé igualmente como vendem seu chapéu, porque todas as religiões vendem uma mesma ideologia, a salvação. Este conto foi classificado como sendo uma espécie de fábula, marcada pela ironia, mas a rigor, não é, pois além de não constituir uma narrativa curta, os seus protagonistas não são animais irracionais e ainda é permeada por diálogos entre divindades: Deus e seu anjo renegado, o Diabo. Portanto, extrapola até os limites do fabuloso.