Análise do conto a igreja do diabo de machado de assis sob a perspectiva de citelli - análise do discurso
Faculdade de Comunicação, Artes e Letras – Facale
Curso de Letras
Reuni – Linguagem, Lógica e Discurso
Profª Drª Silva Mara de Mello
Discente: Patrick Vieira de Sousa
Análise do conto A igreja do Diabo de Machado de Assis
Por se tratar de um texto literário, pode-se dizer que basicamente o discurso imperando aqui é o discurso lúdico. Pois bem, como afirma Citelli (2007) o discurso lúdico é marcado por interlocuções e reside em um menor grau de persuasão. Tendo em vista a analise que se pretende realizar, o texto em si – e logicamente o discurso estruturado dentro dele – é que serão de fato o objeto da análise.
Logo no intróito do texto machadiano temos a ideia que seria um tanto contraditória que tivera o diabo: a ideia de fundar uma igreja. Ao se pensar na formação de discurso de uma pessoa em senso comum, o Diabo – com letra maiúscula, assim como no texto – seria o individuo que jamais tentaria obter uma obra desse gênero em sua vivência. Ora, se o ditado popular diz: “...assim como o diabo foge da cruz” , poder-se-ia pensar que o símbolo que uma igreja apresenta seria contraditório à ideia de mal residida no conceito que se tem de “Diabo”. Afinal, igreja é a casa do senhor acolhedor das almas.
Não para o Diabo do texto, para ele, igreja significava mais um montante de escrituras que seriam justapostas enfim de perpetuar uma doutrina, citando o conto:
-Vá, pois, uma igreja, concluiu ele. Escritura contra Escritura, breviário contra breviário. Terei a minha missa, com vinho e pão à farta, as minhas prédicas, bulas, novenas e todo o demais aparelho eclesiástico. O meu credo será o núcleo universal dos espíritos, a minha igreja uma tenda de Abraão. E depois, enquanto as outras religiões se combatem e se dividem, a minha igreja será única; não acharei diante de mim, nem Maomé, nem Lutero. Há muitos modos de afirmar; há só um de negar tudo..
Na conversa que o Diabo tem com Deus, tem-se de