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“A IGREJA DO DIABO”: Ironia dos personagens machadianos

GÉSSICA ALINE SOARES

RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo analisar o conto “A Igreja do Diabo” de Machado de Assis, do livro Histórias sem Data (1884). A proposta se com se consiste em demonstrar a ironia típica em Machado imposta no conto, fazendo assim um contraste entre o que os personagens são e o que eles demonstram ser. O conto identifica o dia em que o Diabo resolve fundar sua própria igreja, ideia que funciona no inicio, mas fracassou no final quando Deus reconquista os fiéis, identificando ironicamente a relação entre Deus e Diabo por meio da ação humana. A partir dessa relação Deus x Diabo podemos identificar claramente a ironia tão implícita nas obras Machadianas, nesse caso envolta na construção dos personagens.

PALAVRAS - CHAVE: Machado de Assis; conto “A Igreja do Diabo”; Construção dos Personagens.

1. INTRUDUÇÃO:

O presente estudo trata-se da análise do conto “A Igreja do Diabo” de Machado de Assis para que se perceba o aspecto predominante deste autor, a ironia.
Para que se perceba essa ironia, será identificado ainda, os aspectos irônicos de dois outros contos machadianos “A missa do Galo” e “O enfermeiro”, estes, assim como “A Igreja do Diabo”, são pertencentes à fase realista de Machado.
Para que se constatem as fases machadianas, bem como sua ironia, é importante ressaltar que as obras de Machado de Assis são divididas em duas fases: a primeira fase, romântica e a segunda fase, realista. Na primeira fase, podem-se perceber no autor os princípios da escola romântica, e por este motivo, esta fase é chamada de fase romântica ou de amadurecimento; na segunda, o autor se encontra completamente definido dentro das ideias realistas, e dessa maneira essa fase é chamada de fase de maturidade ou realista. Machado foi romancista, contista, poeta, além de deixar ainda algumas peças de teatro, inúmeras criticas e crônicas.
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