A função Supervisora
Apesar de ainda existir muita negatividade dentro das escolas e muitas vezes o supervisor ter que se deparar com situações de descrédito por parte da equipe escolar, resistências e banalização do seu trabalho, ele tende a não desistir porque já entendeu que é capaz de transformar, já se vê político, como um articulador e extrapola a esfera pedagógica, criando uma onda de relacionamento mais estreito com os docentes, as famílias, a comunidade, o sistema e outros elementos que possam se integrar à escola.
Ser supervisor não é fiscal de professor, não é dedo duro [...] não é pombo correio [...] não é coringa/tarefeiro/quebra galho/salva vidas [...] não é tapa buraco, não é burocrata [...] não é gabinete, não é dicário [...] não é generalista que entende quase nada de quase tudo. (Vasconcelos, 2006, p. 86.)
Para além da mera orientação vocacional e das obrigações da lei, hoje, o orientador educacional está, cada vez mais, consciente de seu papel profissional, trabalhando de forma interdisciplinar, com todos os elementos que fazem parte do processo educativo: alunos, professores, funcionários, pais ou responsáveis, demais técnicos e comunidade do entorno em que a escola está situada.
O papel da orientação educacional pode, ainda, ultrapassar o âmbito da instituição escolar convencional, contribuindo com outros setores condizentes com a sua formação. O orientador educacional tem um papel de liderança e mediação e pode atuar em hospitais, empresas, ONGs, consultorias, escolas de informática ou línguas, academias, conselhos tutelares e penitenciarias, trabalhando na área de reabilitação profissional, relações interpessoais, recursos humanos entre outros