trabalho
Baseada em fatos históricos reais, do período colonial do Brasil, extraídos do livro História da Criança no Brasil, da Mary del Priore.
Personagens:
Filipa Vaz: crioula forra (escrava alforriada) -mãe adotiva de Rita
Rita: menina abandona e adotada por Filipa.
Napoleão: menino mulato, de dez anos, gago, corajoso.
Marco Polo: menino mulato, de dez anos, sonhador, queria ser marinheiro.
Local- Vila Roca (hoje Ouro Preto), em MG.
Na época, era o lugar onde mais havia exploração de ouro no Brasil, por isso, a cidade tinha várias construções belas em arquitetura, mas as ruas eram sujas.
Tempo: século 18, em 1795.
História
Em 1795, na cidade de Vila Rica, o coração da capitania do ouro, nascia Rita, pequenina e apressada, quisera vir ao mundo antes de sua hora. Fruto de um amor ilícito, não tinha sobrenome, sua mãe a deixara exposta na Fazenda dos Caldeirões, junto à porta do rico senhor José Alves Maciel.
Certos vereadores da cidade a entregaram então à crioula forra Filipa Vaz, que recebia algumas oitavas de ouro para o cuidado da enjeitada.
Rita foi crescendo, e sua mãe adotiva lhe ia ensinando a ser mulher: aprendeu a preparar quitutes, a fazer renda, a ser devota de Maria e Santo Antônio, indo aos domingos na Capela do Chiqueiro do Alemão, onde havia sido batizada.
Perto da ponte do Rosário, nas proximidades de sua casa, viviam dois meninos espertos e ariscos, os quais ajudavam os contrabandistas de ouro em troca de comida e teto.
Rita os conhecera numa das missas, quando vira Napoleão tentando roubar alguns dos santos da capela.
- Ei! Pare! Vais receber o castigo de Deus e dos santos se agires assim!
- E, e, eu? Rouba-bando? Não, dona moça... E,eu só...
- Pare de amolar os santos!
Marco Polo, vendo seu amigo ser confrontado, impôs-se à frente dos dois:
- Meu amigo não rouba! Mal consegue falar! É que sua devoção é tanta, dona moça, que ele queria tomar para si alguns...
- Pecas