A fazenda em construção
PROF. Robson Teles
Pedro H. C. Pessoa
A fazenda em construção
Em 1945 no Reino Unido o romancista e ensaísta político George Orwell escreveu “animal farm” ou Revolução dos bichos. Construindo uma comunidade fantasiosa em uma fazenda, que refletia a Europa em uma fase critica. Onde o povo europeu confuso não sabia qual era a verdadeira realidade de sua sociedade. Já no Brasil em 1956 Vinicius de Moraes escreve O operário em construção em pleno mandato do presidente Juscelino Kubitschek onde as metalúrgicas e grandes indústrias começaram a alienar o cidadão brasileiro.
Ambos os povos dão início a uma sociedade unida sob o poder de um “grande movimente” de “unir” os cidadãos para algo melhor para sua nação. Bem isso foi o que todo e qualquer povo e movido a pensar. Ambas retratam o que Antônio Candido fala: Toda obra é pessoal, única e insubstituível, na medida em que brota de uma confidencia um esforço de pensamento, um assomo de intuição, tornando-se uma "expressão". A literatura, porém, é coletiva, na medida em que requer uma certa comunhão de meios expressivos (a palavra, a imagem), e mobiliza afinidades profundas que congregam os homens de um lugar e de um momento, para chegar a uma "comunicação". Em a Revolução dos bichos Orwell se tornou um forte crítico do capitalismo e comunismo, e é lembrado principalmente como um defensor da liberdade e um oponente comprometido de opressão comunista. Porem usou o recurso da fantasia com auxilio de sua para simplificar sua ideia de sociedade alienada em sua obra anterior 1984. Já Vinicius de Moraes usou recursos linguísticos como a intertextualidade usando passagens bíblicas descrevendo o trabalho como base da vida humana; o processo de tomada de consciência de um operário, partindo de uma situação de completa alienação: “tudo desconhecia / de sua grande missão”, sem saber “que a casa que ele fazia / sendo a sua liberdade/ era a sua escravidão”. No nível simbólico Operário em