Fazendas de café
O café foi introduzido no Brasil por volta de 1727 por Francisco de Melo Palheta, vindo de países da América do Sul e Central como a Guiana Francesa e do Haití, então o maior produtor mundial. Devido a condições climáticas favoráveis, a produção de café espalhou-se rapidamente pelo território nacional, mas em primeiro período a produção era voltada somente ao mercado doméstico.
No final do século XVII, os principais países produtores entraram em guerras de independência, causando grande crises de produção do café. O Brasil aproveitou-se deste contexto para aumentar significativamente a produção, tornando-se o principal produtor mundial e iniciando um novo ciclo econômico no Brasil.
As grandes fazendas cafeeiras foram principalmente estabelecidas no Vale do Rio Paraíba, que se inicia a norte do estado de São Paulo, passando por uma pequena parte do sudeste de Minas Gerais e atravessando grande parte do estado do Rio de Janeiro, desaguando no Oceano Atlântico.
IMPLANTAÇÃO/SITUAÇÃO
A implantação das fazendas era normalmente regular e definida pela proximidade de água e pela geografia do terreno. A fazenda era composta de diversas edificações com funções diversas nas operações e tarefas de beneficiamento do café. A disposição destas construções formavam o chamado “quadrilátero funcional”, que era o alinhamento em forma de quadrado das construções de acordo com sua função.
Exemplo de uma implantação formando um quadrilátero funcional. Fazenda Paraizo. Rio das Flores, RJ.
1. Casa grande ou casas senhoriais - habitação do senhor e de sua família, normalmente composta de compartimentos próprios a uma residência, incluída a capela ou oratório. Apresentava-se normalmente mais elevada em relação às demais construções, demonstrando maior “status” do senhor do café. 2. Casa do administrador - nas unidades de maior porte ou nas fazendas “filiais". 3. Senzala - habitação dos escravos, composta apenas de quartos de