A educação física escolar e a problematização de generos
Este estudo de caso tem como objetivo geral identificar quais os aspectos metodológicos do ensino da Educação Física escolar utilizados pelos docentes podem contribuir para problematizar as relações de gênero entre os discentes na educação infantil. Para tal, a partir de uma abordagem qualitativa e exploratória, foi aplicada uma entrevista estruturada a cinco docentes licenciados em Educação Física e atuantes há no mínimo dois anos no ensino de Educação Física na educação infantil, em uma escola privada localizada no Estado do Rio de Janeiro. A análise de conteúdo do discurso dos informantes permitiu a construção das seguintes categorias: o formato da aula, entre o prazer e a obrigação da Educação Física escolar, o docente no combate aos estereótipos e preconceitos de gênero.
Palavras-Chave: Educação Física Escolar, Gênero, Co-educação.
Introdução
A escola deve ser um espaço onde o discente possa aprender práticas educacionais e humanitárias, que colaborem com sua vida cotidiana, fazendo uma relação direta com as práticas pedagógicas de ensino. Porém, algumas vezes, a instituição de ensino não colabora com essa prática, reforçando ações distintas e discriminatórias.
Diferenças, distinção, desigualdades. A escola entende disso. Na verdade a escola produz isso. Desde seu início, a instituição escolar exerceu ação distintiva. Ela ficou incumbida de separar os sujeitos – tornando aqueles que nela entravam distintos dos outros, os que a Ela não tinham acesso. A escola delimita espaços. Servindo-se de símbolos e códigos, ela afirma o que cada um pode (ou não pode) fazer, ela separa e institui. Informa o “lugar” dos pequenos e dos grandes, dos meninos e das meninas. (LOURO, 1999, p.57).
Arroyo (1996) afirma que é preciso incluir a escola na construção de um projeto político e cultural por um ideal democrático que reflita, ao mesmo tempo, a complexa diversidade de grupos, etnias, gêneros, demarcados não só por relações de perda, exclusão, preconceitos e