filosofos
EDUCAÇÃO SEXUAL E DIVERSIDADE SEXUAL NA ESCOLA
Silvana Terume Koshikene Rodrigues
Carolina Brito de Azevedo Amaral
Mariana Francisco Giuzio
Ana Cláudia Bortolozzi Maia1
Resumo. Este trabalho sustenta-se em uma compreensão de que a Educação Escolar e a Educação Sexual são processos que ocorrem na relação com o contexto social e histórico. No campo da sexualidade, o contexto social determina padrões de normalidade baseados na ideia de heteronormatividade compulsória, o que discrimina a diversidade sexual. Esta questão é ilustrada com dados de pesquisa que demonstram o relato de professores de escolas públicas sobre a homossexualidade evidenciando a falta de conhecimento sobre o assunto, o preconceito e as dificuldades em tratar o tema na escola. Ressalta-se, portanto, a importância da inserção do tema sexualidade na formação inicial e continuada dos professores.
Palavras-chave: Professores. Educação Sexual. Sexualidade. Homossexualidade.
Introdução A compreensão sobre educação não pode ser realizada separada da vida social, pois a educação só ocorre inserida em um contexto em que surge e se desenvolve (LOMBARDI, 2005). De acordo com Saviani (2007a), a educação refere-se à produção do saber, à produção de ideias, conceitos, valores, hábitos e atitudes. Através da educação, o indivíduo se humaniza; o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente em cada pessoa única, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente. O mesmo pode afirmar sobre a educação sexual. A educação sexual foi incluída, por meio dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN, em 1996, como tema da educação formal, ou seja, é assunto que deve ser tratado em todas as escolas de Ensino Fundamental brasileiras. Porém, o trabalho de orientação em sexualidade nas escolas ainda é escasso e, quando existem, muitas vezes, priorizam os aspectos biológicos e preventivos, o ensino sobre os aparelhos reprodutores, as