O Jovem nos anos 70
O visual e a atitude jovem, ao longo da década, migrou do riponga (alguém que adota o estilo "hippie" de ser) e do black power da virada dos anos 60 para os 70 para uma diversidade que ia da agressividade do punk ao chique e colorido da disco music e da new wave no final daqueles anos. Herança da contracultura hippie, as batas, pantalonas, saias e vestidos com estampas floridas ou étnicas, com influências ciganas e indianas, e os cabelos compridos deram o tom da moda jovem na primeira metade da década.
Com o surgimento do movimento punk, que se opunha ao estilo de vida e às idéias hippies, uma parte da juventude aderiu à filosofia niilista (é uma doutrina filosófica que indica um pessimismo e ceticismo extremos perante qualquer situação ou realidade possível. Consiste na negação de todos os princípios religiosos, políticos e sociais) e agressiva dele e adotou um visual sadomasoquista (aquele que gosta de provocar e de sentir dor) inspirado nas criações da estilista Vivienne Westwood, com suas roupas de couro, camisetas rasgadas, cintos e pulseiras de tachinhas, cabelos coloridos e o corpo cheio de piercings.
Parte da elegância que existia na música negra dos anos 60 inspirou o visual dos freqüentadores das discotecas na segunda metade dos anos 70. Até porque muito da disco music derivava do funk e de outros ritmos da black music. Mas era uma versão mais extravagante e exótica com camisas de cetim e de seda, calças a base de lycra, meia-calças combinando com saias, tudo cheio de lantejoulas. No Brasil, a novela “Dancin’ Days”, de Gilberto Braga, veiculada pela Rede Globo em 1978, ajudou a popularizar o vestuário da onda disco.
O colorido da discoteca, mas com outros tons e uma versão mais futurística iria aparecer também na moda new wave, que surge no final dos anos 70 e se constituiria na representação visual dos anos 80, com seus blazers com ombreiras, calças “bag”, camisas em tons pastéis e cabelos ao estilo