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Introdução
Eles começaram quando os Beatles acabaram, no rescaldo do fim do sonho hippie. E terminaram logo após o punk anunciar o fim do mundo como o conhecíamos. Nesse intervalo, os anos 70 trouxeram a efervescência da era da discoteca, os filmes de catástrofe, o início da hegemonia do cinema hollywoodiano para adolescentes, os primeiros passos do hip-hop e da música eletrônica, o auge e a morte do rock progressivo, além de um vestuário que deu uma identidade toda particular para a época. Foram fatos, movimentos e estéticas que ajudaram a enterrar definitivamente as ilusões da década de 60 e a lançar as bases do que seria a vida a partir dos anos 80.
Foi uma década em que o mundo vivenciou a derrocada norte-americana no Vietnã, o escândalo político de Watergate, o surgimento do movimento punk, a crise do petróleo e a ascensão de um pensamento econômico ultraliberal. No Brasil, passava-se dos anos mais repressivos da ditadura militar para o início do processo de abertura política. Por conta da censura e do regime autoritário, muitas das transformações culturais e comportamentais daqueles anos não foram completamente vivenciadas por aqui naquele momento.
As roupas utilizadas pelos jovens e aficionados pela cultura dos anos 70 também mudaram. A herança dos anos 60 deu o tom nos primeiros anos, no visual e no comportamento hippie e nas artes psicodélicas. No final da década, partes significativas da juventude tinham aderido ao modo de ser soturno e agressivo do punk ou ao estilo colorido, descompromissado e hedonista na onda da discoteca e da música pop.
A moda jovem e os ícones dos anos 70
O visual e a atitude jovem, ao longo da década, migrou do riponga e do black power da virada dos anos 60 para os 70 para uma diversidade que ia da agressividade do punk ao chique e colorido da disco music e da new waveno final daqueles anos. Herança da contracultura hippie, as batas, pantalonas, saias e vestidos com estampas floridas ou étnicas, com