A dominação Masculina

RESUMO: “A dominação masculina” (cap. 03: “Permanências e mudanças”)

O autor propõe uma reconstrução da história da (re)criação continuada das estruturas objetivas e subjetivas da dominação masculina, pois ao longo do tempo a ordem masculina foi instalada e atualizada constantemente. As instituições como a Igreja, família e escola reproduziram através dos tempos esse discurso. A missão da pesquisa não é o de somente descrever as transformações que as condições das mulheres sofreu, mas ajudar a identificar os agentes contribuem para essa imposição da dominação como algo natural, reconstituindo as estruturas das relações de dominação.
A família é onde se toma, ainda na infância, a consciência da divisão dos papeis de gênero. É no grupo familiar, com todo o seu poder afetivo de inscrição na linguagem que se impõe a representação da divisão sexual do trabalho, e consequentemente da submissão feminina.
A igreja e seus valores patriarcais, sempre foi marcada pelo antifeminismo, condenando todas as faltas das mulheres, até seus maiores pensadores inculcam tal preconceito, encontramos o dogma da inata inferioridade feminina. Por meio de seus dogmas e das interpretações dos livros sagrados, única verdade aceita, a Igreja age sobre as estruturas históricas do inconsciente.
A Escola perpetua a diferença entre os sexos, distinguindo entre as disciplinas adequadas a homens e mulheres, muitas vezes levando a cabo a tradição Aristotélica do homem como principio ativo e a mulher como elemento passivo. Juntamente com a escola encontramos o Estado com sua lógica e leis patriarcais.

A principal mudança está no fato de a dominação masculina não se colocar mais como uma verdade inquestionável, conquista da revolução promovida pelo movimento feminista, conseguindo romper com o circulo do reforço. O maior acesso feminino ao ensino secundário e superior, deram maior acesso para as mulheres à esfera publica, espaço anteriormente dos homens. Dados como maior número de divórcios,