Livro Dominação Masculina
** A violência simbólica não é uma violência que não existe, ela existe e tem sua objetividade. Para o autor, ela não minimiza a violência física, ela seria o que justifica a agressão. A violência simbólica é resultado da incorporação de classificações, assim naturalizadas, de que seu ser social é produto, ou seja, é uma violência que existe, mas que muitas vezes se faz invisível, impondo-se de maneira mais indiscutível. Com base no campo, o autor vai desenvolvendo sua obra, na qual tratarei aqui como uma discussão de cunho geral e não apenas como algo que só surgiu neste campo de pesquisa. A força da ordem masculina se evidencia no fato de que ela dispensa justificação. A ordem social funciona como uma imensa máquina simbólica que tende a ratificar a dominação masculina sobre a qual se alicerça (ex: público – homem, privado - mulher). O mundo social constrói os corpos como uma realidade sexuada e como depositório de princípios de visão e divisão sexualizantes. Ele é quem constrói as diferenças entre os sexos biológicos, conformando os princípios