A Dificil Relacao Entre Imagem E Som No Audiovisual Contemporaneo
Florianópolis, de 15 a 17 de abril de 2004
GT História das Mídia Audiovisual
Coordenação: Prof. Ruth Vianna (UFMS)
A difícil relação entre imagem e som no audiovisual contemporâneo
Luciene Belleboni (UMESP E UNIMEP) Professora Mestre em Ciências da Comunicação pela ECA/USP.
Resumo A sociedade contemporânea apresenta uma extensa gama de produtos audiovisuais, porém integra suas linguagens constituintes em diferentes níveis de resolução. Na Era denominada da Imagem, assistimos e escutamos a diferentes formas de relação entre som e imagem: em alguns casos a submissão dos sons à imagem, em outros o domínio do som e, em poucos o diálogo entre essas expressões.
Palavras-chave: imagem; som; audiovisual.
Arlindo Machado, professor e pesquisador das linguagens midiáticas, afirma em seu livro Pré-cinema e Pós-cinemas:
“Se existem histórias mal contadas, a do cinema deve ocupar um lugar destacado entre elas... . Se as histórias do cinema são tão arbitrárias, podemos obviamente contar outras histórias, de modo a tentar resgatar experiências que foram marginalizadas e traçar uma linha de evolução que permita rever o cinema de outros ângulos”1.
Na continuidade do texto, Machado aponta que há outra maneira de contar a história do cinema – a partir de Thomas Edison (1877): “a primeira idéia de Edison foi criar bonecos falantes, pela incorporação do fonógrafo ao interior do corpo”2. Assim, iniciar pelo cinematógrafo dos irmãos Lumière (1895) seria desconsiderar o fonógrafo que já experimentava, mesmo sem êxito, a integração entre imagens e sons. Começar pelo fonógrafo – toca discos - nos permitiria rever a história do cinema e refletir sobre as teorias que o compreendem como uma arte essencialmente visual.
Considerando-se preciosa a leitura de Machado, porém sem adentrarmos em pormenores nessa discussão, a intertextualidade no cinema estabeleceu-se, inicialmente, com a música ao vivo, depois com o fonógrafo