A CURA - UMA SIMULAÇÃO DA SELEÇÃO NATURAL NA ESPÉCIE HUMANA
03.02, 20-23 (2008) www.sbg.org.br A CURA - UMA SIMULAÇÃO DA SELEÇÃO NATURAL NA ESPÉCIE
HUMANA
Rogério Fernandes de Souza
Departamento de Biologia Geral, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Londrina, Caixa Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina, Pr, Brasil.
E-mail: rogfs@uel.br
Palavras-chave: seleção natural, evolução humana, ensino.
Informações gerais
A seleção natural é uma força evolutiva poderosa capaz de provocar mudanças significativas na estrutura genética das populações ao longo das gerações. De uma maneira simplificada, podemos dizer que estas mudanças estão associadas à adaptação ambiental que diferentes variantes de um mesmo gene podem conferir aos seus portadores: alelos que aumentam a adaptabilidade dos indivíduos permitem que estes deixem, em média, uma proporção maior de descendentes do que aqueles que não carregam alelos com tais características.
Acontece que, descendentes bem adaptados têm maiores chances de se reproduzir e de transferir esses mesmos alelos para a próxima geração. Portanto, é esperado que ao longo do tempo ocorra um aumento significativo na freqüência dos alelos mais adaptativos e uma diminuição daqueles sem essas características.
A Figura 1 exemplifica como a seleção natural é capaz de alterar as freqüências alélicas ao longo das gerações quando um dos alelos envolvidos diminui a adaptação de seus portadores. Neste caso, utilizando o modelo de equilíbrio de Hardy-Weinberg, vamos considerar que a freqüência inicial do alelo F, de efeito dominante e que condiciona o fenótipo normal, seja p = 0,8.
E a do alelo recessivo f, responsável por uma doença muito grave quando em homozigose, seja q = 0,2 (Figura 1A). Assim, do encontro casual de gametas carregando um desses dois alelos, deverão nascer p2 = 0,8 x
0,8 = 0,64 ou 64% de indivíduos normais homozigotos dominantes FF, 2pq = 2 x 0,8 x 0,2 = 0,32 ou 32% de indivíduos normais heterozigotos Ff e q2 = 0,2 x 0,2
=