A Concepção Clássica do Homem
As raízes da concepção de homem que chamamos de clássica têm origens na cultura grega do século VII a.C, que ao fundir- se com elementos da cultura romana, constituiu a cultura clássica Greco-romana, a qual é responsável por fornecer uma série de ideias e valores pra civilização ocidental. Tal cultura é baseada em uma divisão do homem em zoon logikón, que é o animal que fala; e em zoon politikón, que é o homem como animal político.
A imagem de homem da cultura grega é base para uma série de campos de estudos na atualidade, os quais podem ser divididos em três linhas dominantes: linha teológica ou religiosa, que é responsável por traçar uma nítida divisão entre o mundo dos deuses e dos mortais, na qual os primeiros são imortais e os segundos são efêmeros; a linha cosmologia, que é baseada na contemplação diante da ordem do mundo por parte dos gregos, sobre a qual terá origem as primeiras obras filosóficas que buscavam organizar a vida na cidade (polis); e a linha antropológica, que faz a oposição entre o apolíneo e o dionisíaco, na qual o primeiro reflete o lado luminoso e ordenado pelo conhecimento na vida humana e o segundo reflete o campo desordenado e afetado pelo desejo.
A concepção de homem na filosofia pré-socrática
Ao longo do século V a.C, o problema antropológico passar a ser o centro teórico de interesse na filosofia grega. Algumas das diretrizes que irão constituir as bases do pensamento ocidental são formuladas no contexto dos sofistas atenienses. Deve se dar destaque a alguns desses preceitos, tais quais: o conceito da existência da natureza, que até então não havia sido formulado; a oposição entre a convenção e a natureza, na organização da cidade e nas normas do agir individual; a análise do homem como ser de necessidade e carência; e, principalmente; a ideia fundamental do homem como ser dotado de logos, ou seja, dotado de conhecimento.
A transição socrática
Sócrates representa, dentre