A cidade de Deus.

A cidade de deus (Santo Agostinho)

A obra a cidade de deus foi escrita por Santo Agostinho no contexto da queda do império romano, com o objetivo de mostrar que a esperança cristã não foi a causa dessa catástrofe, mas pelo contrário, que a destruição de Roma ocorreu devido as dissoluções de costumes de um povo.
No decorrer de seu escrito Agostinho fez um paralelo entre a cidade dos homens e a cidade de deus, ambas fundadas no livro de Gênesis, a primeira por Caim e a segunda por Abel.
Enquanto a cidade dos homens estava baseada no amor próprio, no pecado, no sofrimento eterno praticado pelo diabo, e no inferno, a cidade de deus pelo contrário destacava-se pelo amor a deus, pela graça que libertava o pecador, bem como pela paz eterna junto a deus no céu.
Dentre as diversas questões levantadas pelo autor, tem-se a primazia pelo amor ao sofrimento, crítica ao paganismo, sendo que Agostinho lembra dos males morais impostos pelos deuses, que estes por sua vez são falsos, e que o verdadeiro é tão somente um Deus.
Além disso o autor se questiona se é possível o homem ser feliz sabendo que é mortal. Após diversas discussões, Agostinho trata que quem livrará as pessoas de tal infelicidade é Jesus Cristo.
Temas tais como o regresso da alma, crítica ao maniqueísmo, neutralização das paixões, purificação da alma, dicotomização antitética da realidade, torre de babel, arca de Noé, adão, Eva, as sagradas escrituras, são tratadas no decorrer da obra.
Agostinho sendo um teólogo da igreja católica, de pai pagão e mãe cristã, teve durante sua vida grande influência platônica, porém no processo de consolidação de seus pensamentos, Platão e o autor divergiram quanto a alguns pontos.
No que diz respeito a concepção de Deus se para Platão existia apenas o deus do intelecto, para Agostinho essa visão cai por terra, pois para ele Deus pode estar nos dois lugares ao mesmo tempo, tanto no intelecto quanto criador do mundo, da natureza, como de todas as coisas.
Quanto ao conceito