Cidade de deus
“Mas, como a guerra é contrária à paz, como a miséria à felicidade e a morte à vida, pode-se perguntar, com razão, se à paz final, tão celebrada e louvada como soberano bem, não seria interessante opor o soberano mal da guerra final. (...) Que guerra, pois, mais cruel e mais encarniçada a gente pode imaginar que aquela em que a vontade será tão contrária à paixão e a paixão à vontade, que a inimizade entre ambas jamais cessará pela vitória de uma ou de outra.”
Que melhor maneira de começar o trabalho com uma citação de Agostinho sobre uma das vertentes de nosso trabalho
Vida de Agostinho
Nascido em 354, na Numídia, Agostinho vinha de uma família cujo o pai era pagão e sua mãe uma carola (cristã fervorosa), do qual veio seus rudimentos na fé. Seus estudo tiveram início em Tagaste e Madauro, seu pai o queria como retór. Em 371 foi para Cartago, onde se entregou a uma vida desoluta, também onde se envolveu com uma mulher, com a qual teve um filho, Adeodato que morreu aos dezoito anos.
Foi graças a obra de Cicero, hoje perdida que Agostinho tomou apreço pela sabedoria filosófica. Sendo seduzido pela religião maniqueis que se baseava na razão não em fábulas, que era a maneira que via a religião de sua mãe.
No fim do período que lecionou retórica em Cartago começou a evidenciar muitas lacunas na religião maniqueis, a principal delas na cosmologia. Foi após conversa com Fausto maior mestre maniqueu que completou sua decepção. E ainda constatou que Fausto era um homem de pouca cultura, mas manteve contato com os maniqueísta, pois possuía muitos amigos na seita. Mas logo rompeu os laços por definitivo, no entanto isso deixou Agostinho desorientado, levando à aderir ao ceticismo filosófico. Mas seu caminho tomou um rumo diferente ao ser indicado pelo prefeito de Roma tornou-se mestre de Retórica em Milão. E foi lá que conheceu Ambrósio que era bispo, Agostinha tinha o costume de frequentar os sermões do bispo devido a sua curiosidade e a eloquência que