A Cidade de Deus
A CIDADE DE DEUS
SANTO AGOSTINHO
UNISINOS-Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Centro de Ciências Humanas
Curso de Filosofia – Licenciatura
Filosofia da História
Professor Inácio Helfer
São Leopoldo
2008
Introdução
É com muita emoção que me preparo para a pesquisa da obra maravilhosa que é a Cidade de Deus, pois Agostinho representa para mim, um exemplo a ser seguido. Ele foi aquele que caminhou por diversos e diferentes caminhos, vivendo como homem comum, com seus vícios, seus medos e conflitos, mas sempre foi filósofo, pois tinha uma visão crítica das coisas que vivenciava. Fico a pensar a quão agraciada foi Mônica por ver o seu filho encontrar a Verdade que tanto procurava: no lugar onde iniciou a sua jornada: no seio de sua família.
O motivo pelo qual tenho profundo interesse pelo pensamento de Agostinho, é a forma de como ele analisa a problemática de Deus, pois conforme diz, Ele está em nosso interior, é algo que não se pode medir, é uma experiência espiritual que exprime uma total religiosidade. Na história de sua vida, o marco de todas as suas idéias religiosas foi a sua conversão ao cristianismo. Ele estudou os filósofos gregos, mas foi nas Sagradas Escrituras que encontrou a verdade que procurava. Para ele o pecado é uma fuga de Deus e ao nos convertermos arrancamos a nossa alma do pecado.
Diz Agostinho que o encontro da Verdade com a mente é um encontro com Deus e o ato religioso é uma mediação entre a realidade conhecida e que transcende. A sua filosofia pode ser chamada de religiosa, pois para ele, não se pode chegar a verdade sem se chegar a Deus.
Agostinho inicia a sua investigação filosófica mediante o tempo ou a experiência do tempo. O ser humano está “jogado” na dimensão do tempo e isto fatalmente é inevitável. Vemos na nossa sociedade, uma luta sem trégua contra o tempo. Esta luta faz com que nos afastemos de nós mesmos, pois acredito que,