A cidade antiga
O livro "A cidade Antiga" do ator Numa Denis Fustel de Coulanges, historiador, francês do século XIX, propõem-se a estudar as instituições e mentalidades dos povos grego e romano, afirmando que a base destas civilizações foi dada pela religião primitiva. Tornou-se um clássico da investigação histórica, abordando o tema do nascimento da cidades-Estado por meio de documentações que levou as leis, instituições jurídicas, familiares e políticas. A princípio a família aparece como uma única forma de sociedade existente nos primitivos gregos e romanos, que compartilhavam uma religião em comum, uma religião domestica, assim adorando e cultuando seus deuses. A religião doméstica proibia a duas famílias de unificarem seus deuses, mas era possível uma junção para um culto comum de celebração entre as mesmas. E foi disto que se deu as famílias formar um grupo, ao qual a língua grega deu o nome de fratria e a latina de cúria, podendo assim a adoração de mais de um deus. Havia uma necessidade de fazer parte de uma fratria/cúria pois era como uma família só se transmitia pelo sangue, quando um novo membro era apresentado na fratria/cúria a admissão acontecia de forma religiosa. Apanhavam uma vítima e cozinhavam no fogo sagrado sob o altar. Compartilhado uma vez esse alimento sagrado com as pessoas se estabelecia um vínculo sagrado que só acabava-se na hora da morte. A sociedade continuou naturalmente a crescer, e segundo o mesmo sistema muitas frates/cúrias, se agruparam formando-se assim a tribo. O deus se mantinha o mesmo da família, tinha por sua vez uma festa anual. O culto dos deuses do Olimpo, dos heróis e manes nunca tiveram relação entre si, disso tudo resultou, durante muito tempo esta religião mostrar-se confusa e os seus respectivos deuses inumeráveis. Contudo, os elementos que podiam divinizar-se não eram numerosos. O Sol, Terra e Nuvem. Demorou um certo tempo para que as famílias