A Arte no século XIX
A história da arte brasileira, a partir de meados do século XIX até o seu final, é fortemente marcada pela atuação da Academia Imperial de Belas Artes que determinou, não só a sistematização do ensino artístico, como também criou uma referência estética e cultural através deste modelo, estabelecendo um novo tipo de olhar. Desenvolveu-se sob a proteção do Imperador e pela convivência direta com o poder, impondo seu programa de forma autoritária. Os ensinamentos foram formulados e dirigidos visando manter os princípios neoclássicos que, por um longo período, ditaram as bases da arte brasileira. Quando o Brasil torna-se independente, século XIX, acontecem algumas transformações sócio-econômicas e políticas, por exemplo: abolição da escravatura, proclamação da República, expansão da economia (que era baseada no cultivo de café e na extração da borracha) e industrialização. Isso tudo, influenciou no processo artístico brasileiro, além de contribuir para o desenvolvimento e transformação urbanística e arquitetônica das cidades de SãoPaulo,Curitiba, Porto Alegre, Belém e pelo nascimento de Belo Horizonte. Essa época chegou a ser chamada de Belle Époque (bela época). Os artistas da Belle Époque gostavam de retratar figuras humanas, principalmente as femininas, e cenas cotidianas. Veja alguns deles: ALMEIDA JÚNIOR (1850-1899): Considerado pelos críticos da época o mais brasileiro dos pintores nacionais, gostava de pintar a realidade de pintar as pessoas com quem convivia. HENRIQUE BERNADELLI (1858-1936): Pintor chileno naturalizado brasileiro. Estudou na Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro e lecionou pintura na Escola Nacional de Belas Artes. O Teatro Municipal do Rio de Janeiro, a Biblioteca Nacional e o Museu Nacional de Belas Artes contam com pinturas de sua autoria na decoração, entre