Fichamento Arte Brasileira no Século XIX
A República Velha acabou não representando uma mudança estrutural na economia brasileira: o país continuava basicamente agroexportador e dependente de toda sorte de artigos e serviços dos países europeus.
A crise da Academia na década de 1880 foi marcada pela mudança do corpo docente, já que a estrutura curricular não sofreu grandes mudanças. Além de ter sido acusada de centro conservador pelos futuros adeptos ao modernismo, a academia sofreu por ter aderido à tradição clássica e à concepção da arte como construção do belo ideal.
Com a chegada da República são feitos projetos de modernização nas grandes cidades brasileiras, passando por reformas radicais utilizando modelos de cidades europeias. Como exemplo o Rio de Janeiro que após a reforma consolidou hábitos urbanos formando assim sua identidade urbana, uma metrópole identificada com a cultura europeia, mas ao mesmo tempo profundamente integrada à paisagem.
A arquitetura que acompanha essas cidades é eclética, se instalando principalmente em prédio públicos como no caso do Rio de Janeiro, no Museu Nacional de Belas Artes, na Biblioteca Nacional e no Theatro Municipal; em Belo Horizonte o Palácio da Liberdade; em Belém o Teatro Amazonas, em Manaus o Palácio Rio Negro; etc. O ecletismo não se resume à fachada, no interior foi agregado elementos decorativos Art Nouveau e peças de ferro. Não só diretamente ligado aos projetos de modernização o ecletismo se espalhou pelo país através da incorporação de elementos tais como estruturas de ferro para chafarizes, coretos, postes, etc. Na escultura é marcada por povoar as praças com estátuas e monumentos evocativos de sentimentos patrióticos. Na litografia temos a charge política; já na fotografia retratos de paisagens das expedições científicas e obras de modernização. Na pintura os pintores da época não se filiam exatamente a um ou outro movimento. Eles mantêm a norma tradicional da pintura neoclássica, incorporando o gosto